quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

CARTA ABERTA AO PAPAI NOEL


Quando eu era criança, costumava escrever cartas ao Papai Noel, nesta época do ano, pedindo os presentes que gostaríamos de ganhar no Natal. Acontece que eu cresci e confesso, com muita vergonha, que perdi o endereço do bom velhinho. Por isso, estou mandando esta mensagem pela net na esperança de que você, que me lê, possa passar adiante e, de spam em spam, ela acabar caindo na caixa postal de Santa Claus e o meu pedido possa ser realizado.  Pode até ser depois da Noite Feliz, tudo bem.

Eu queria que o Papai Noel trouxesse para todo o Planeta, inclusive para mim,. um punhado de BOM SENSO, pois parece que o estoque das pessoas anda muito baixo.

BOM SENSO para que os motoristas e motociclistas, entendam que as ruas não foram feitas para que cada um deles seja dono e sim para que seja compartilhada por todos com o mínimo de stress possível. Que a pessoas entendam que não podem estacionar onde bem entendem e não devem fazer manobras que interfiram no bom andamento do já caótico trânsito.

BOM SENSO para poder entender de que o governo não tem obrigação nenhuma de dar algo a ninguém que não sejam educação, saúde, segurança e condições de geração de emprego. E de que não adianta nada eleger governantes na promessa de bolsas isto ou aquilo porque depois vem a conta.

BOM SENSO para que os governantes entendam de que estão lá para poder criar condições para que o país possa crescer,  se desenvolver e propiciar as coisas que citei anteriormente e não para que eles possam se locupletar.

BOM SENSO para que as pessoas entendam que dividem o planeta com outas pessoas e que passem a respeitar o outro na rua, no metrô, no ônibus, nas filas, enfim em todo lugar.

BOM SENSO para que todos também entendam de que os recursos minerais são finitos e que um dia vão acabar. Daí como vai ficar a vida???

BOM SENSO para que todos entendam que a livre opinião é um direito (desde que não interfira no direito de ninguém) e que ter uma religião ou torcer para um time diferente do seu não é motivo de ódio ou intolerância.

BOM SENSO para entender de que as conquistas devem ser suas e não espelhadas em times, ou seleções ou partidos.

BOM SENSO para entender que a Justiça deve prevalercer, custe o que custar.

Pois é Papai Noel. Isto é tudo que eu peço para este e os outros Natais e Anos Novos. 

Felicidades a todos e MUITO BOM SENSO.

PS - Como eu ainda não o encontrei para tirar uma foto dele, coloquei a minha bancando o Papai Noel  na Festa de Natal da HEXAGON Metrology

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Uma Verdadeira Aula.

Dias atrás recebi uma verdadeira aula de "Como não vender" aplicada por um contato de uma publicação técnica que chamei para desenvolver um trabalho conjunto para um cliente. Atuo no âmbito de publicações técnicas há mais de 30 anos, tendo sido, inclusive, editor de uma delas, e posso dizer que conheço praticamente como funciona o metier e notadamente as revistas em particular.
Quando chamei este cidadão para conversar, eu já sabia o que eu queria e também o que a publicação dele poderia oferecer, quer seja em possibilidades de mídia off line. O que eu queria, na verdade, era saber das possibilidades de mídia on line. Mas o nosso amigo conseguiu me dar uma verdadeira demonstração de como muitos vendedores, principalmente de intangíveis, estão despreparados. Vou tentar reproduzir a conversa, o mais fielmente possível e vocês tirem suas conclusões. Os nomes serão suprimidos para não causar constrangimentos.
- "Bom dia. Muito prazer. Sou Fulano de Tal da revista XPTO."
- "Bom dia. Vamos nos sentar. Gostaria de saber quaias são as possibilidades de divulgação em sua publicação quer seja na pate off line, quanto na on line."
- "Bem, não sei se o Senhor conhece a nossa revista..."
- "Sim conheço."
- "A XPTO tem mais de XX anos de mercado e está direcionada para bla bla bla bla bla"
Gente. Eu já disse que conhecia a revista!!!! E ele continuou falando da revista, enquanto eu queria saber de site, e-mail marketing outras formas de interação.
- "Bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla"
E o tal do "spech" de vendas nunca acabava, pois era assim que os vendedores de antigamente eram treinados, para recitar um discurso interminável sobre Características, Vantagens e Benefícios de seus produtos. Começei a dar sinais ostensivos e propositais de impaciência, utilizando a linguagem não verbal para ver se o sujeito se tocava e parava com o lero-lero. Até menção de bocejar eu fiz. E o cara.
- "Bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla"
Aí uma hora, encheu o saco e eu resolvi tomar o controle da conversa, o que para um vendedor é o pior dos mundos.
- "Bom. Entendi. Mas me fale um pouco sobre sua parte on line".
Aí veio golpe de misericórdia, pois ele vira para mim e diz:
- "Mas eu não termineri ainda!" E retomou o discurso!!!!
- "Bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla"
Por pouco eu não dei a reunião por encerrada. Na realidade o interesse de meu cliente na publicação era tanto que me fez ficar aguentando o falatório por mais 40 minutos até eu saber o que eu queria.
Depois as empresas querem reclamar que as vendas estão ruins, que o mercado está retraído, etc, etc, etc.